terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Piratas da Somália








A pirataria na costa da Somália tem sido uma ameaça à marinha mercante internacional desde o início da guerra civil, na década de 1990. Desde 1998 há relatos deste tipo de atividade, reportado por diversas organizações internacionais, incluindo a Organização Marítima Internacional e o Programa Alimentar Mundial expressaram sua preocupação com o aumento nos atos de pirataria a atividade contribuiu para um aumento nos custos do transporte marítimo, e impediram a entregas assistenciais de alimentos. Noventa por cento das entregas do Programa Alimentar Mundial são enviados pelo mar sendo por isso necessário a escolta militar aos navios.
Na maioria dos sequestros realizados as vítimas não sofrem qualquer tipo de agressão, para que o pagamento dos resgates sejam realizados. Pelo contrário, os sequestradores tratam bem seus reféns, na esperança de receberem os resgates, chegam até a contratar empresas na costa da Somália que lhes cozinhem pratos que agradem gostos mais "ocidentalizados", como espaguete, peixes grelhados e carnes assadas, e manter um fornecimento constante de cigarros e bebidas alcóolicas das lojas no litoral.
A maioria dos piratas tem entre 20 e 35 anos de idade, e vem da região da Puntlândia (Puntland), uma área no nordeste da Somália. De acordo uma reportagem da BBC, os piratas podem ser divididos em três categorias:
•    Pescadores locais, considerados os cérebros por trás das operações dos piratas, devido aos seus conhecimentos e habilidades no mar.
•    Ex-milicianos, que costumavam lutar para os chefes militares dos clãs locais, utilizados como força bruta.
•    Especialistas técnicos, que operam equipamentos de alta tecnologia, como sistemas GPS.
Dados precisos sobre a situação econômica da Somália são escassos, porém com uma renda per capita estimada a 600 dólares ao ano, o país permanece como um dos mais pobres do mundo. Milhões de somalis dependem de assistência humanitária e em 2008, de acordo com o Banco Mundial, até 73% da população vivia com uma renda diária de menos de dois dólares. O país está envolvido em uma guerra civil desde 1991 e o governo, de facto, é controlado por várias autoridades regionais e grupos que declararam suas respectivas áreas como “territórios autônomos”. Estes fatores, além do aspecto lucrativo de muitas destas operações de sequestro, atraíram um grande número de jovens este tipo de prática, cuja riqueza e força frequentemente lhes faz ascender à elite social e económica local.








                                        
João Simões
Fonte: 
pt.wikipedia.org/wiki/Pirataria_na_Somália




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