segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Governo lança linha de crédito para empresas




"O ministro da Economia Álvaro Santos Pereira apresentou esta quarta-feira uma nova linha de crédito de apoio às empresas portuguesas, com destaque para as Micro e PME. A linha PME Crescimento acordada com a banca tem uma dotação de 1.500 milhões de euros e entra em funcionamento a partir de 16 de Janeiro.
O Governo espera que a nova linha de crédito para as empresas portuguesas seja uma almofada de ar para as pequenas e médias empresas, numa altura em que «grande parte do crédito está alocado às empresas públicas», reconheceu Álvaro Santos Pereira. O ministro acredita também que a nova linha, PME Crescimento, tenha mais sucesso do que a anterior (PME Investe VI), que conseguiu apenas 50% de utilização - 727 milhões de euros e cerca de 4.700 operações realizadas.
Dos 1.500 milhões de euros da nova linha de crédito, 250 destinam-se às empresas Micro e Pequenas; 500 milhões são para empresas dos vários tipos que sejam exportadoras; e os restantes 750 servem a generalidade das empresas. Para as Micro empresas o montante máximo é 25 mil euros e 50 mil para as Pequenas empresas.
Quanto às condições, spread a rondar os 5% consoante as empresas e o montante pedido, o Governo prefere destacar que se trata de benefícios não tanto em relação à anterior linha de crédito, mas mais em relação às condições actualmente existentes no mercado. Questionado sobre as garantias de que a nova linha atraia mais empresas, Álvaro Santos Pereira afirmou que «basta falar com as empresas. Melhor do que perguntar ao Governo é perguntar às empresas lá fora».
Além da linha de crédito, o ministro apresentou também para 2012 o reforço das linhas de seguro de crédito à exportação, com garantias do Governo em 2012. Os seguros ao crédito dividem-se por zonas geográficas e abrangem particularmente mercados emergentes e países fora da OCDE.
Sobre a actuação do Ministério da Economia em geral e as críticas feitas a Álvaro Santos Pereira por pouca actuação no apoio às empresas e à Economia, o ministro explicou que «as medidas passam também por reformas estruturais. É um trabalho de fundo, de meses, que tem vindo a ser implementado por todo o Governo». Álvaro Santos Pereira destaca que a «melhoria da competitividade da economia portuguesa» é o objectivo principal, lembrando os progressos que vão ser feitos nos portos e nos comboios, com a adequação à bitola europeia."


Beatriz Carvalho 

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