Desde 1984 que o mundo não assistia a uma catástrofe humanitária
como a que está a ocorrer, neste momento, no Corno de África.
No início desta semana, o mundo ficou a conhecer Mihag Gedi.
Tem sete meses, pesa
Na passada segunda-feira, 25, a comunidade internacional
deu, finalmente, sinais de que algo tem de ser feito. Com urgência e empenho total.
Na reunião realizada em Roma, sobe a égide da ONU, vários governos começaram a disponibilizar
o dinheiro que será necessário para socorrer as populações em estado mais crítico
– em particular os 3,7 milhões de famintos, concentrados em duas províncias do Sul
da Somália. Foi de uma delas que saiu Mihag Gedi com a sua família. Mas os dólares
e os euros agora prometidos podem não ser suficientes para acabar com este espetáculo
insuportável para qualquer consciência humana», como afirmou Josette Sheran, a responsável
pelo Programa Alimentar Mundial. O Sul da Somália continua a ser controlado pela
Al Shabaab, uma milícia com ligações à Al Qaeda. E embora o grupo tenha dado luz
verde à entrada da assistência internacional – com sérias restrições – tudo indica
que a distribuição da ajuda será também um pesadelo logístico.
Fonte: Revista Visão (28 de Julho de 2011)
Catarina Bordalo
Catarina Bordalo
Sem comentários:
Enviar um comentário